quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Lotus Elise

Ainda que lançado em 1996, 14 anos após a morte Colin Chapman – quando a Lotus já pertencia à Proton, da Malásia –, o Elise foi projetado seguindo os princípios do criador da marca. Com apenas 900 kg de peso e um motor 1.8 de 202 cv de potência, o Elise anda feito gente grande. Segundo informações da fábrica, ele é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 4,7 segundos e atingir 248 km/h de velocidade máxima.

A dieta do Elise foi feita à base da retirada de tudo que pudesse ser considerado supérfluo para um esportivo. A partir de um chassi compacto, feito de alumínio anodizado, ele tem carroceria de fibra de vidro e cabine para apenas duas pessoas.

O Elise é tão básico como usar calça jeans, tênis e camiseta branca. No primeiro contato ele choca pela simplicidade. Os instrumentos são pouco maiores que os de uma moto. Conta-giros e velocímetro dividem um mesmo visor sem qualquer requinte gráfico. O painel de plástico consegue ser mais modesto que o de um VW Fox. E o volante parece revestido de vinil, embora a fábrica diga que é couro. O banco do motorista só tem ajuste (mecânico) de distância e o do passageiro nem isso tem. É totalmente fixo. Isolamento acústico deve ter sido considerado peso morto.
Com o tempo, porém, o motorista percebe que o banco veste bem. A posição de dirigir é ótima. As mãos se encaixam no volante, a alavanca do câmbio fica perto do joelho e o som que invade a cabine, vindo do motor e do ambiente externo, soa como liberdade – sensação que não se experimenta nem mesmo em uma moto, a menos que você pilote de calça jeans, tênis e camiseta.

Mais um pouco, observa-se que o Elise não é tão pé-de-boi assim. Quase não há revestimento, a não ser nas portas e em parte do piso. Mas a estrutura do chassi que fica exposta faz as vezes do acabamento, com ares de sofisticação. Além disso, o Elise vem com vidros elétricos, ar-condicionado e sistema de som com entradas para iPod e pendrive (USB) – embora a conclusão seja que tudo isso é dispensável. O mais importante é o prazer que o carro proporciona para quem o dirige. O Elise tem uma dirigibilidade quase telepática. É como se o giro do motor subisse só pelo fato de o motorista pensar em acelerar e as rodas apontassem para a curva assim que o motorista avistasse a pista.


Ficha Técnica:
Motor: traseiro, transversal, 4 cilindros, 16V, comando de válvulas variável VVTL-i
Cilindrada: 1 796 cm3
Diâmetro x curso: 82 x 85 mm
Taxa de compressão: 11,5:1
Potência: 202 cv a 7 800 rpm
Torque: 18,3 mkgf a 5 000 rpm
Câmbio: manual, 6 marchas, tração traseira
Carroceria: cupê, 2 lugares
Dimensões: comprimento, 378 cm; largura, 185 cm; altura, 112 cm; entreeixos, 230 cm
Peso: 900 kg
Peso/potência: 4,45 kg/cv
Peso/torque: 49,2 kg/mkgf
Porta-malas/caçamba: 115 litros
Tanque: 43 litros
Suspensão dianteira: duplo A
Suspensão traseira: duplo A
Freios: discos ventilados Brembo nas 4 rodas, com ABS
Direção: pinhão e cremalheira, sem assistência
Pneus: 175/50R16 (diant.), 225/45 R17 (tras.)
Equipamentos: airbag, ar-condicionado, vidros e travas elétricos, CD player, rodas de liga leve e capa de proteção

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